domingo, 28 de agosto de 2011

As Três Palavras Mais Estranhas


"Quando pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.

Quando pronuncio a palavra Silêncio,
destruo-o.

Quando pronuncio a palavra Nada,
crio algo que não cabe no que ainda não existe."


por: Wislawa Szymborska

Você sabe que todas as coisas...

Você sabe que todas as coisas vão se acabar.
Resta o efêmero, resta o amor.
Faça-se amor, grita com as dores da consciência, toma as pílulas de alegria do sono e do sexo.
Repete o mesmo canto, as mesmas palavras, as mesmas súplicas surgidas da insatisfação do primeiro parto.
Soluça e ama na inutilidade das verdades que você diz e que já foram ditas e sentidas.
Grita o amor à sua carne, a seu egoísmo, que nega que foge, porque você se ama e a todas as suas coisas, porque você sabe que todas as coisas de hoje, de amanhã de sempre vão se acabar, vão se acabar.


por: Stella Maris

sábado, 13 de agosto de 2011

Acabou.
Eu não quero mais falar.
Eu não quero que me entenda no meu mais profundo ato.
Eu não quero mais entender o mundo e as pessoas.
Eu nem sei mais se viver é o que vale
também não me importa saber.
Eu não vou mais gostar do que, mais a frente, sei que substituirei.
Eu vou gostar e não vou ter medo de qualquer vez não mais gostar.
Não vou discutir quem possui razão
nem me chatear quanto à amargura e saudade.

E tudo isso é uma mentira que não sei querer.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Luz de Acácio

Navegante que se escreve
se gruda no papel
e desliza o lápis fazendo arte, sendo arte
Rapaz que veio de outros tempos, mas de matéria nova,
florescendo o velho.
Sujeito visionário e ativista
colorindo os ponteiros do relógio com cores quentes, cores frias, preto e branco.
Um bom e velho cantador da vida.