terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Notas Incertas

(Rascunho em 6 de outubro de 2013)

Mudara o jeito de falar, parecia mais meiga;
estava conquistada.
Não queria mais qualquer pessoa
Esperava especialmente uma vaga para atuar com o moço de olhos penetrantes
As cenas do filme mais sincero que já vira.
Imaginava dançar em seus braços quentes.

Falaria por horas se a ela fossem feitas as perguntas exatas...
Descreveria quão bem se sente em determinada presença.

domingo, 17 de novembro de 2013

Outra hora, tantos códigos... Hoje, vontades despidas.
Fascínio vem e vai.

As coisas boas têm começo, meio e fim.
Sim.
Bons ventos passam
só pra te lembrar: 'deixe-se acreditar...'

Sempre vai haver uma colher de açúcar
pro amargo que segue em tempos sem ventos.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Conta Gotas.

Não há tempo
ou rugas
que diminuam
a vontade
de apertar
meu corpo
contra o seu.

sábado, 19 de outubro de 2013

Saudade

Ela queria sempre estar deitada
Pra receber os carinhos que aqueles dedos faziam
Brincando com suas costas...

Há tanta confusão nesse querer, meu bem.
... Tanta loucura...
Chego a duvidar
Como alguém que desacredita de qualquer possibilidade
Porque em tudo isso cabe tanto perigo...

Mas quero continuar te vendo
Por entre meus cabelos desalinhados,
Resultado de tanta bagunça, uma bagunça boa.
Ou quando, brincando, abro bem os olhos
Que só não estão colados aos seus
Porque dessa forma já estão nossos narizes.

E, assim, já me perdi naquela descrença
O perigo e o medo viraram pedras pequenas.

"Você que como um anjo ensina ao respirar
... e ao me abraçar
Me apaixono ainda mais..."

É na vontade de vê-lo
Que eu padeço...
Ah, saudade!

Grito

Morrerá este antes dos 4 anos?
Tudo parece sem vida...
E as palavras deixaram de ser minha fuga, passando a fugir de mim.

sábado, 12 de outubro de 2013

Um Agosto Depois

E, pela ultima vez, tive aquelas lembranças
E vi, pela ultima vez, você olhando pra câmera
Ameaçando
Pedindo pra parar

Pela ultima vez, eu vi a sua cara de abuso
Seu sorriso aberto...
Pela ultima vez, 
eu quis lembrar.

Agora, o arquivo não é mais responsabilidade minha
Foi tudo pros ares
Tomei coragem
Decidi apagar.

Que fique na lembrança, 
mas nada ao alcance dos olhos
Que exista no passado, 
Quando foi época de acreditar.

domingo, 29 de setembro de 2013

Hás de me fazer bem?
O que é isso? E por que é?
Se as condições foram dadas
Desde o início,
Se havia um cerco
Assegurando espaços, limites,
Se recomendações foram óbvias e claras,
Por que aconteceu de irmos contra as regras?
Teria sido 'involuntário'? Inconsciente?

Quem te deu permissão a reciprocidade?
Maluquice!
Reféns do querer,
Agora, nos resta dividir
o peso, a falta, o carinho...
E que não haja dor!

Ao fim, sempre, retorna a mesma (correta) solução...
Única, drástica e lancinante.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Seu pescoço longo, o sulco em seu ventre que não tinha igual, 
a mescla de sinceridade e desconfiança em seus olhos, 
a melancólica honestidade que exibiam ao fitar diretamente os meus enquanto continuávamos deitados na cama, 
tudo aquilo se sucedia em minha mente."  

Orhan Pamuk,   O Museu da Inocência.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Era tão expressiva que até as palavras escritas continham seu tom de voz.

Hórus

(...)

Os dois, juntos, pintaram um quadro
Um lindo quadro
E escreveram lindas palavras
Amaram-se
E tudo foi deleitoso...
Até acabar
Até as feridas surgirem
Até os laços romperem-se...
Induzindo o frio a tomar o lugar dos calorosos raios de sol.

(...)

Eles foram poetas maravilhosos!
Hoje, recebem o castigo pela heresia que vêm cometendo.
São incolores e duros, pobres por não amar.
São estrelas emanando luzes medianas...
Não têm encanto ou fantasia.
Poesia foi morar em outro lugar.

domingo, 8 de setembro de 2013

Nada aqui tem obrigação com a realidade.
Mas, muitas vezes, assim acontece.

sábado, 31 de agosto de 2013

Densas Confusões

O nosso problema está em não poder cobrar.
É a nossa barreira.
Todo sentimento pára ao se deparar com ela; a cobrança indevida, inadequada.
Toda entrega torna-se duplamente perigosa.
O tempo é medido, o movimento é medido, as querências... medidas.
Se "nós" corresponde a um limite, passemos.

Preciso que me aperte um pouco, que entre mais em mim, que estabeleça uma relação.íntima com minhas querências.
Eu não sei lidar com a medida alheia.
Se assim tiver de ser, apresentarei meus 8 e meus 80;
e não havendo espaços pros 80,
enlouqueço de vez e abro mão de nós.

Não há espaço para as cobranças.
Deixou de ser salutar.

domingo, 11 de agosto de 2013

Deixa que eu abandone essa loucura
Despe-te.

Deixa enrolar-me em teu corpo
Sentir tua fragilidade, teu medo

Destrancarei minhas verdades enquanto, por seus olhos, enxergarei luzes permissoras.

E isso dá medo.

Não me deixa fugir!
Eu vou correr... de você.


Quando se quer muito algo,
Se se consegue,
Deve-se a isso o mínimo de respeito.

sábado, 3 de agosto de 2013

Menina, esse choro é novo
É frio, rendido por proteção.
Descontentamento não é novidade
Novas são essas formas que escorrem

Pode ser água corrente ou estação seca
Estar preparada para o que der e vier
Ou se abalar com qualquer desvio

São mentiras a imitar o tom de fortes verdades.

Finalmente, depois de tanto tempo, ela chorou.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Sabe quando você desiste
de desvendar algo ou alguém?
Os meios tornam-se difíceis demais
e a comunicação quase inexiste.
Ele parece pensar hieróglifos
e você não é especialista nessa área.
A vontade não é suficiente
porque nem sempre consegue dizer
o que significa de fato.
Então você desiste de algo
que ainda poderia render bons sabores...
Foi vencida pelo cansaço.

Sanidade

É um exercício mental diário.

domingo, 14 de julho de 2013

Duas mil e doze luzes vermelhas...

... A nos iluminar e nos acender por toda noite.

"Ela estava lá pela primeira vez
O lugar...
cheirava a atitude,
Rock n'roll, naquela noite.

Era ele... o cara legal.
E que talvez fizesse a festa dela.
O ponteiro rodou muitas vezes até a primeira badalada.
Strokes.
Um instante para que tudo pareça real, por favor.
Próximo nível.
Levante-se
O que você pretende?
Led Zeppelin

Se ela abrir os olhos, tudo aquilo diante dela vai sumir?
Engraçado! Só restou você naquilo tudo...
Vamos embora!"

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tem que ser divertido, me tirar do sério, fazer minhas bochechas doerem de tanto gargalhar;
tem que ser sincero, oportuno e natural.
Não é obrigação, comunidade, nem regra.
A exceção faz a graça, a oportunidade faz a exceção.
Assim tem sido.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Uma Velha Conhecida

Preservando a característica de desordem.
Isso não é uma coletânea dos melhores.
Isso é experimento, é formação
É unha encravada, náuseas frequentes
e vista cansada
...

Cansada... estou eu.
Minha coluna dói
e meus pensamentos...
Bem, eles parecem ter perdido
a capacidade de conexão.

É o CAOS!
Socorro!

terça-feira, 2 de julho de 2013

. ..


Maria não entende nada do que João tenta dizer.
Vai ver, o momento é inadequado.
Vai ver, o pão ainda tá cru; ainda nem é aurora
Vai ver, tudo tem que ser renovado
para finalmente acontecer.

Está roubando o vento?

A velocidade com que os olhos se movimentam é tamanha
Que chega a ser triste vestir-me de tantos sonhos
Para enxerga-los, tão brevemente, a me fitar.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Jacaré Dourado

Quero aqui deixar marcado
o Prazer que foi conversar
com teus olhos e teu sorriso.

Corro para não parecer "tolinha"
e as palavras disparam
como a pressão de teu corpo sobre...

Quente.

Afaste as possíveis más intenções
e os problemas
Eu vou passar.
-
Vou entrar
e quero algo para beber
-
Sequestrarei por instantes
boca e olhos
-
Me servirei de tua carne
E, exausta, descansarei em teus braços.

És, agora, parte do que há
de mais salutar na natureza.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ninguém vai entender teus surtos
As tuas fraquezas
Essa briga interna
As lembranças-esquecimento

Só você ouviu tanto
Acreditou...
Ninguém mais
Vive esse tempo torto

Essas pitadas de água e sal
Quando tudo parece tão doce...





terça-feira, 4 de junho de 2013

No fim das contas, ele foi um estranho que passou a interferir em nossas vidas.
Um estranho que ganhou muito espaço e que deixou um caos ao sair.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Lúdico.

Estranho querer que nasce com o teu sorriso de embaraço.
Sem força, com jeito
Pondere os teus passos e me verás por completo
Sob a luz da lua te direi o que somos
O que pretendemos de nós

Serei teu abraço
E nele fecharei meu corpo.

Deixa vir o que tem por aí.
A noite, ela queria esquecer
o que ainda não a conquistou
Queria limpar a mente
Mas o cheiro a enchia
de lembranças torturantes
em um momento de náusea recente.

Queria bater asas
mas a tinta da caneta
não permitia que alçasse vôo.

Por que ela o fez?
Por que?

De dia, ela sorri
caminha pela rua e lembra dos doces carinhos.
A noite, ela alimenta suas dúvidas
e o incômodo do não envolvimento.

Está a viver uma mentira contada por si?

Quanta confusão!
São muitos ventos a soprar
Temor quanto ao desequilíbrio
Cair em uma gaiola.

A falta de respostas nos azuis
como uma tarde de domingo
E a esperança de clareza
nos negros como a noite (...)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Rasgando o vestido da saudade... Vermelho!

(Imagem sem ação)

"... Quando a saudade chegar
com seu batalhão de agitadores
E tantas bandeiras
Vou cantar aquele som da gente..."

Palavras cheias de significados
que se escondem nas entrelinhas
Vocês têm passe livre por essas bandas
Apareçam sempre
Aluguem um quarto
Sentem e bebam mais um pouco.
Há necessidade!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Perigo do Falso Espelho

Quando se começa
A ser
O que alguém achou
Que você fosse.
Eles não podem te oferecer
o que você deseja.

Então, você entra
sabendo de muitas
dessas faixas que delimitam
o tempo e o espaço
Ou você acena,
sorri, dá meia volta
e continua a caminhar.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Intercambiável

"Significa que duas coisas diferentes
podem ser usadas alternadamente
com o mesmo propósito
sem que o resultado seja prejudicado."

Um vento soprou.
As coisas parecem estar
sendo postas no lugar.

Falta afinidade com o ambiente.
Quando se tira longas férias,
ao voltar, é admissível o
estranhamento.

Seu lar é numa rede
Entre duas árvores
e uma grande sombra
Onde alguns raios de sol
consigam passar pelas copas
e bater em você
Para poder a brisa equivaler
E nada se tornar tão frio
ou incapaz de aquecer.
A música começou a tocar e ela fechou os olhos
Sorria, chorava...

Imaginou a porta se abrindo
Olhou em sua direção
...
E constatou que nada acontecera.

Mas ela o sentira ali
Bem perto.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Misterioso Drink.

Defina se a verdade é dita
por seus olhos quentes e apertados
ou por suas mãos soltas e frias
Rapaz
De tanto imaginar respostas
Já dei mil voltas no quarteirão
Já baguncei os cabelos, fiz oração
Já deixei de querer e voltei atrás.

Dois Ciclos

Quanto vive uma borboleta?

Você teve tempo pra morrer e nascer duas vezes
enquanto eu me embebedava
de néctar e poeira estelar
num plano torto, esquizofrênico
Enquanto um feitiço me encobria.
Na tolice, não percebi suas fases
Embriagada esqueci do nosso amor
E o que tinha tanto pra render,
todas aquelas histórias para realizar,
acabou antes do fim.

Quanto tempo vive uma borboleta?

terça-feira, 30 de abril de 2013

Arquivo

(6 de novembro de 2012)

Um garoto veio tomando a mente dela
Aos poucos e indubitavelmente
Um assalto a cada instante
O cheiro dele entranhado no juízo
O sabor sem clemência martelando a memória...

"Hei de cravar-me junto a seus olhos.
Perdoe-me se pareço má,
mas não pretendo me esconder de seu desejo
nem amenizá-lo."

26 de novembro de 2012

(...)
Aprender o que diz o meu silêncio
para que eu possa fazê-lo sem medo da sua interpretação.

(...)

Entender a entonação em cada dito
é resultado de muitas conversas
a fim de conhecermos o outro.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

(Faltou a você acreditar)

Em minha fala,
Em minha voz ofegante,
Em meus gritos oportunos,
Em meus olhos fixos e profundos
E também nos dançantes e pouco demorados.

Em meu sorriso de canto de boca,
Em minha gargalhada escancarada
Ou só com os olhos sorridentes,
Eu não menti

Em minha cara fechada
Nos momentos de silêncio
Na ausência que afetava
Nas lágrimas de saudade,
Na manha, no gozo,
Eu não menti

No desejo diário
De deitar-me em seu peito
Em noites que uniam
Ou na rotina que afastava

Em dias de nuvens e chuva
Em dias de sol a pino
Na areia da praia
Ou envolvidos em lençóis
Eu não menti

Não menti na doação,
Na satisfação
No compromisso
Faltou a você acreditar...

terça-feira, 23 de abril de 2013


(Por Mércia Cardoso)

"Daí que tudo passa, é bem verdade. Só que isso não é sempre bom.
A gente não desapega fácil das coisas boas vividas."


Irreconhecível

Olhos vazios.
Perfume distante.
Uma expressão imemorável.

quarta-feira, 17 de abril de 2013


Há alguém em cima do telhado
Tocando uma música acolhedora
Alguém junto às estrelas
capaz de decifrá-las.
Um personagem silencioso.


Confusões temporais entre passado e presente
se estendem pelas horas
A mente ocupada
distrai-se com a música que estão tocando...
Em cima do telhado.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Equívoco

(20 de março de 2013)

Uma vez eu disse que tentaria fazer de nós
personagens amáveis...
Mas agora não consigo
sinto repúdio...
Girassóis não têm espinhos, e eu não sou mais um deles
Quem machuca é o Sol
Afasta as flores que já não parecem mais tão cheirosas
Fará isso como uma regra.

sábado, 6 de abril de 2013

Mergulho na onda vaga

"Eu caio na rede
Não tem quem não caia."


Em meio a metamorfoses
Fazendo perguntas sobre o
tempo a um blackbird

A batida inconfundível
de um violão da terra
acompanhou o crescimento da lua

Minguando ou crescendo
Foi viagem espacial.

Foi pegar carona nas suas asas
e me danar pra qualquer lugar
"Você merece voar, menina."

Foram vontades incompletamente realizadas
Mas foram também
Cafunés, farras a dois, olhares revirados,
viagens sem sair do lugar

Olhando pelo canto dos olhos,
falando pausadamente,
descansando numa viagem sorridente,
eu digo: Seu cachinho não vai deixar de significar
E esse papo batido não tem data pra acabar.





terça-feira, 2 de abril de 2013

Ela se olhou no espelho e sorriu
porque as coisas são boas
porque sorrir, agora, pode trazer leveza,
sinceridade...
Seus olhos denunciam o que há por dentro
Mas isso não a preocupa.

Por algum tempo, teve receio de se expor ao sol
A noite era mais confortável
Oras! Não se pode  ter pele sensível a vida toda
Há que se curar.

(14 de fevereiro de 2012)

domingo, 31 de março de 2013

Por Carinho


Acho que tô voltando, ____.

... Pro nada que me aguarda..., mas tô voltando.
... Pras lágrimas que lembram..., mas tô voltando.

Tô imaginando seus braços abertos a me acolher

Deixa assim, me deixa crer.
Se eu não encontrá-los, tudo bem
Por questão de segurança, me deixa voltar
Depois eu resolvo o que ficar.

quinta-feira, 28 de março de 2013

quarta-feira, 27 de março de 2013

Plástico

Queima minha pele
Dirige esses olhos para o que há no interior
Amansa esse tom de voz

Diga tudo aquilo mais uma vez
naquele grito silencioso que eu não consegui decifrar.

Desmonta o que foi construído inoportunamente
nesse tempo de caos.

Plástico!
Retorna.

Um toque de conforto nesse espaço insatisfeito.
Bons ventos já podem chegar.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Juicebox

Encontraram a Ilha Perdida!
Corra, marujo!
Você não tem mais refúgio.

Até o Sol que não se põe
Não quer deixar a Ilha por um instante
Não há noite, nem céu estrelado.

Todos parecem saber agora
Olham para você e...
Está despido?

Não há mais como estar descalço na areia da ilha.
O sol esquentou tudo. Água e areia fervem.
Será possível?

Tudo tem seu tempo, marujo.
Acalme-se.
O mundo é tão grande...
Você achará o seu lugar.


(14/03/2013)


"In the land are all closed eyes.
I've been saying it a billion times,
and I'll say it again.

So long, my adversary
and friend."

A criança

[de Isa]


"criança, onde está você? 
há quanto tempo não a vejo 
nem sei mais, os dias voam 
mal sabia dos desejos do mundo 
bem vivia o não-saber 
tudo lhe perdoavam 
para que sorrisse 
sem demora, diziam:
o que queres, criança? 
por que choras, menina?
não tem problema, meu bem 
mas o que era problema, afinal? 
o que era ruim? 
não me lembro 
saudade, criança, saudade."


Blog da autora: http://ssinceramente.blogspot.com.br/

quarta-feira, 6 de março de 2013

"Último Post"

(Zeca Baleiro)

"Sinto arder a pele
...
E eu me peço calma
Quero acalmar meu corpo
Dentro da tua alma"

terça-feira, 5 de março de 2013

Alto Mar


Marujos são bichos ligados
Sacam de mares e terras

Por que o espanto?
Deve se acostumar ao balanço do mar.

Barcos podem virar
Nem por isso marujos deixam de navegar.

Segura o leme,
Apruma a proa.
Avante!

domingo, 3 de março de 2013

sexta-feira, 1 de março de 2013

Em verdade, te grito: Abraça-me!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Longe

Fique aí, exatamente onde está
Não me importarei se der algum passo para trás
Mas não se adiante.

Eu estou conseguindo
E este me parece ser o único jeito.
Então, por favor, não interrompa o processo.

Estou usando uma máscara
Para cobrir meu rosto
O rosto que poucos vêem, aquele que você viu
As lágrimas não serão mais vistas e os arranhões estão cobertos.
Eles não precisam se mostrar, você deve entender isso.

Estou guardando um espaço pra todas as lembranças
Do nosso momento.
Só não inaugurei o museu, ainda não consegui.
Mas acho que dará uma ótima galeria!
O que me diz? O belo, o colorido... Parecia tão bem formado
Merece alguma atenção.

Então, eu não quero saber a que pé as coisas andam.
Eu prefiro fechar os olhos.
E espero que você acredite nisso
Porque é o que estou tentando fazer...
Acreditar.

Carta ao Rei

Há tanta esquizofrenia por aqui
Confusão, loucura, incerteza
Saudade também.

Há um silêncio que sobrepôs
o som da sua voz, seus sussuros.

Há uma penumbra
Desde que a luz dos seus olhos se foi

Faz frio, muito frio

A cama parece enorme.

Há um lembrete na minha estante
do qual eu não consigo me desfazer.

Pûs flores de plástico
Luzes artificiais
Pintei um arco-íris
com o resto da tinta que derramamos
pelo chão do quarto.
Tudo pra que o ambiente pareça mais confortável,
mais ameno.

Acendi incensos de maçã verde!
E, agora, eu posso ouvir mais do que o Wilde tem a dizer.

Mas onde está você
se não dentro disso tudo?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ela joga pedrinhas ao rio,
perturba a ordem das águas,
procura (provoca) as oscilações,
gosta (?) de vê-las.

Sai dessa beira, menina
Mergulha no caos que provocaste
Sós, os olhos não abarcam o mundo de sensações

Quê? Se não foste tu a causa das oscilações?
Acreditas na ilusão? Possivelmente, foste iludida?

Nesse momento, já não entendo o que foi construído até aqui
Curto-circuito
A máquina sofre de mal estar ideal.



(19/08/2012)


Suas lágrimas não conseguem expressar tudo o que se passa aí. Não espere que elas transmitam o entendimento a qualquer um. Sua loucura está em pico. Você está só.


(05/09/2012)
Eu estive a correr dessas complexas relações
Mas me seguram pelas mãos
Se enroscam em meu pescoço e...
Certa hora, já estou presa em uma teia de aranha.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Se um dia eu fizer da nossa dor poesia
Se eu conseguir emitir beleza de tudo o que acontecer
Se eu nos fizer personagens amáveis

Eu espero ouvir de você sinceridade
Que me agradeça por ter conseguido
extrair arte de todo possível sofrimento.


(02/12/2012)

Sem pressão quanto ao ser
Apenas nos deixem...
Apenas nos deixem... ser.

Eu posso tornar a enxergar com os olhos voltados para mim
Minhas entranhas reclamam, se contorcem,
mas elas precisam lidar.
Precisam reaprender a ser.

Carregaram meus olhos com uma moral
Me puseram num meio comum
onde cheguei a me identificar com as pessoas.
Foi uma experiência, não há do que reclamar.

Só que, agora, já não tenho mais motivos para tanto
Nenhuma mão segurando a minha,
me levando a algum lugar.
Agora, eu preciso do meus olhos voltados para mim
Preciso enxergar as pedras do caminho
E preciso do vazio daquela moral.

Não reclamarei experiências
Não serei tão louca.
Mas quero estar longe de ser machucada pelas lembranças.
Viajarei.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Quanto aos olhos do Sol;

Beleza dos olhos que contém bondade
ou talvez uma mistura com um pouco de ingenuidade
de criança, amor e sonho
que partem até seu objeto
derramando por todo o caminho uma substância que cheira a algo irreconhecível, porém inquietante
a que não se pode resistir sem o maior esforço.