domingo, 27 de fevereiro de 2011


“Não lemos nem escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana. E a raça humana está repleta de paixão. A medicina, advocacia, administração e engenharia são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor… É para isso que vivemos.”



Filme: Sociedade Dos Poetas Mortos

Elefante

Composição: Clídio Nigro / Clóvis Vieira

Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor
O Elefante exaltando a suas tradições
E também seu esplendor
Olinda esse meu canto
Foi inspirado em teu louvor
Entre confetes e serpentinas
Venho te oferecer
Com alegria o meu amor

Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Aos meus colegas terceiro-anistas.

2010: ano crucial; ano de vestibular. PIMBA! mudo de colégio. Os motivos não são importantes aqui.
Eu mudei. Larguei do pé, amadureci. Conheci gente. Gente boa, gente baixa, gente magra, gente bonita, gente feia,
gente grande, gente inteligente, gente gorda, gente fútil, gente colorida, gente que gosta de gente, gente que gosta da mesma gente que a gente dela.
Gente médica, gente educada e física, gente odontológica, gente terapêuta, gente engenheira. E conheci cada essência. E tirei o chapéu para tanta gente.
E, dentre toda essa gente, eu fiz amigos que não pretendia. Eu me emocionei. Revi alguns conceitos. Me surpreendi.
E, já perto do fim, percebi que valia a pena me render. Ganhei um bombom marrom, uma diva; ganhei um querido e um peteLeco.
Ganhei soberba e docinhos, ganhei campos...
Eu senti sensações inexplicáveis. Na contagem de mais uma verdade, eu faria muita coisa por vocês, meus caros.
Não vou dizer que faria o impossível porque não sei se faria. Não sou de jogar promessas ao vento.
Mas eu tatearia as cegas uma saída para seus caminhos e colocaria em exposição os meus sentimentos, sem medo das consequencias.
Como já disse, eu ganhei. Ganhei amigos, ganhei conhecimento, ganhei maturidade e ganhei um lugar na tão desejada universidade.
E sabe do que mais? Eu estou satisfeita, por enquanto. É! Mas você pode continuar com sua opinião de que o ser humano quer sempre mais;
que nunca nos damos por satisfeitos. Afinal, quem está dizendo que parei por aqui?
Tenho planos e metas para o meu futuro. Mas estou satisfeita com meu passado e com meu presente.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


Me desculpe o mau jeito.
As palavras parecem não se encaixar, nesse momento.
O que eu quero, na verdade, é expulsar  esta angústia.
Nós que, em algum momento, não excedíamos a conta de um; hoje parecemos calcular em cada migalha o constante afastamento.
Mas isso nem é tão mau...
Continuaremos ligados, mesmo que a lembrança seja a última sobrevivente encarregada.
Afinal, o que se faz com o sangue? A primeira e derradeira prova.
Quando se torna insuportável, mente e corpo tomam decisões; mas um sempre há de trair.
À propósito, minha mente me trai a todo instante.
Sendo digna ou não, o fato é que rói.
Não sei o que traz a você nem se pesa tanto quanto está pesando para mim, mas peço-lhe desculpa.
Não, isso não quer dizer que não mais farei; significa que estou tentando ser mais justa.
Tentando... Como você sempre pediu.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011



Hoje eu acordei e... E não senti nada. Me perguntei se a vida ainda fazia parte da minha realidade ou se estava inserida no belo quadro da morte.
É costumeiro me fazer tais perguntas. Nada muito importante.
Tenho a impressão que algumas pessoas se chocam com a minha posição, o meu modo de ver as coisas. Mas não tenho a mínima vontade de esclarecer nada. É assim mesmo. Não tenho saco para isso.
E, se você acha que estudando minhas anomalias psicológicas e/ou sociais vai fazer esquecer um pouco a sua vida, vá em frente. Sinta-se à vontade. Eu entendo perfeitamente que viver só a própria vida cansa um pouco.
Só não se ache no direito de me interferir. Isso, sim, é demais.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Releitura

Quantas interpretações eu posso ter do seu olhar?
Imagino se cada uma delas fosse verdadeira.
Minha mente busca a cada instante um novo você. Ou, talvez, só uma nova parte sua.
Acho que é uma necessidade momentânea; lembrar para não esquecer.
Um de seus olhares é acompanhado de um vasto sorriso e transborda uma aparente felicidade, ou possa ser que só esconda alguns sórdidos desejos.
Outro é concentrado, de olhos pequenos e bem focados(no nada). Esse, sim, é intrincado.
Há também um distraído que olha mas não vê. E pouco se preocupa em esconder qualquer sorriso lateral.
O próximo é audacioso. Dessa vez, tais olhos me veêm. Bem ajustados, ainda podem me confundir, mas a vontade é trasparente.

Olá! Sente-se.
Aceita um café?
Que tal me deixar a par do que vai ser depois?
Então, não há depois? Entendo...
Bom, eu não tenho muito o que dizer. Procuro não reclamar da vida, sabe?
Não que seja novidade, mas os negócios são bem difíceis do lado de cá.
Muita gente se corrompe...
... Tenho me alimentado bem. Sempre que posso, pratico um esporte...
Charutos? larguei. E nem assim.
Então, é isso. Anotou tudo? Estou pronto.
Podemos ir, querida morte.