quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quando abrirem-se os portões

Olha lá, abre os olhos
está tudo bem diante de você
Consegue perceber?
Linha, jarra, copo
SOM
E quem está a importar-se quanto ao véu?

É a noite do baile
e você vai dançar
a música que vem ouvindo todas as noites...
Vão cantá-la pra você.

E você vai sentir
vai ouvir, vai tremer
vai sorrir
Porque isso... é o que você mais queria

E não há raio de Sol
que se esconda nessa noite.


Ainda há confusão, mas
depois de mergulhar na Ilha
'tudo' parece cristalino
... e leve.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Casa da Luz Vermelha

Oito horas
Entra o padre
Às dez, o professorzinho passeia os olhos pela sala
Escolhe
Chega a madrugada
A Ilha e seu borboletário
enchem-a de vontades.
Amanhece
e o padre com suas asas
tenta levá-la à cidade alta.
Um coroinha rouba a cena
Malandragem amena à meia luz
Eis que surge o Sol
Astro-rei, o que será da pobre meretriz?
Tanta luz redireciona a flor: o Girassol
Quatro paredes e muitas entidades.
A casa da luz vermelha é uma bomba prestes a explodir.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Borboletinha.

Ela aparece sempre que o sol se põe
Quer tocar suas mãos
Quer que a toque com os lábios
'Torna-te o que és'
E uma enorme torcida para que sejas com ela.

Eu quero, quero tocar-lhe os lábios, quero tocar-lhe os lábios com os meus
Quero que toque minhas mãos
E quero ser contigo

Vamos, avante!
Uma dose de coragem e um súbito impulso
Impulso? Planejado.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Malandragem Amena.

Vamos, levante-se!
Brinde!
Beba.
Olhe
Queira
Disfarce
Converse
Olhe
Dirija a palvra - in.di.vi.du.al.men.te
Perceba
Leve a sério a possibilidade
Imagine
Beba.

Estranho


Segurar uma mão desconhecida
Um estranho agindo estranho
O que você diria de algo assim?

Há algo de louco em querer agarrar-me a seu pescoço e...

Eu gosto do que é agradável
E eu sigo instintivamente esse caminho
Eu sei que estou em perigo,
mas eu não tenho medo de você
Eu só quero agarrar-me em seu pescoço e...

Vamos lá, dê-me sua mão
Oh, não, não, não dê.
Eu desviarei os olhos dos seus bolsos e...
Tudo estará resolvido por um instante

Parece piada, parece cena, parece loucura
Mas eu não sei o que é.






sábado, 9 de junho de 2012

Porte Ilegal

Em cima da linha
Um copo
Meio cheio
Meio vazio
Uma jarra de vontade
Coberta por um curto véu para proteger,
Para melhor guardar.
Tira-se o véu ao consumir
Vai consumir?

Beba.
Um copo vazio pode proporcionar o desvelamento da jarra
A linha é senso, não é controle.

Terá de escolher entre mim e a sobriedade.


Você corre
E eu acho que, quando parar,  você deve se sentir estranha
E eu acho que você corre de algo
Você quer fugir de algo
O que me diz?

Então, qual a situação?

Se eu chegar em casa
E você estiver lá,
Se eu puder te encontrar em outro ritmo,
Se estiver parada,
Poderemos conversar, querida.
Eu gosto de conversas, sabe?
Eu sei o quanto dói, sei que não é algo feliz
Mas nem tudo são cores, querida.

E de que adinta sair correndo por aí
quando, na verdade, suas raízes estão tão fundas, hã?

Vamos, dose.
Superficial x Profundo.
Podemos conversar, no momento em que você parar
Conversaremos... assim que você parar.