domingo, 29 de setembro de 2013

Hás de me fazer bem?
O que é isso? E por que é?
Se as condições foram dadas
Desde o início,
Se havia um cerco
Assegurando espaços, limites,
Se recomendações foram óbvias e claras,
Por que aconteceu de irmos contra as regras?
Teria sido 'involuntário'? Inconsciente?

Quem te deu permissão a reciprocidade?
Maluquice!
Reféns do querer,
Agora, nos resta dividir
o peso, a falta, o carinho...
E que não haja dor!

Ao fim, sempre, retorna a mesma (correta) solução...
Única, drástica e lancinante.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Seu pescoço longo, o sulco em seu ventre que não tinha igual, 
a mescla de sinceridade e desconfiança em seus olhos, 
a melancólica honestidade que exibiam ao fitar diretamente os meus enquanto continuávamos deitados na cama, 
tudo aquilo se sucedia em minha mente."  

Orhan Pamuk,   O Museu da Inocência.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Era tão expressiva que até as palavras escritas continham seu tom de voz.

Hórus

(...)

Os dois, juntos, pintaram um quadro
Um lindo quadro
E escreveram lindas palavras
Amaram-se
E tudo foi deleitoso...
Até acabar
Até as feridas surgirem
Até os laços romperem-se...
Induzindo o frio a tomar o lugar dos calorosos raios de sol.

(...)

Eles foram poetas maravilhosos!
Hoje, recebem o castigo pela heresia que vêm cometendo.
São incolores e duros, pobres por não amar.
São estrelas emanando luzes medianas...
Não têm encanto ou fantasia.
Poesia foi morar em outro lugar.

domingo, 8 de setembro de 2013

Nada aqui tem obrigação com a realidade.
Mas, muitas vezes, assim acontece.