A noite, ela queria esquecer
o que ainda não a conquistou
Queria limpar a mente
Mas o cheiro a enchia
de lembranças torturantes
em um momento de náusea recente.
Queria bater asas
mas a tinta da caneta
não permitia que alçasse vôo.
Por que ela o fez?
Por que?
De dia, ela sorri
caminha pela rua e lembra dos doces carinhos.
A noite, ela alimenta suas dúvidas
e o incômodo do não envolvimento.
Está a viver uma mentira contada por si?
Quanta confusão!
São muitos ventos a soprar
Temor quanto ao desequilíbrio
Cair em uma gaiola.
A falta de respostas nos azuis
como uma tarde de domingo
E a esperança de clareza
nos negros como a noite (...)
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