sexta-feira, 10 de outubro de 2014

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Quando tomei a liberdade de escrever
(E com isso quero me referir ao que publico)
Assinei um contrato ideal com a coragem
E me apartei de todo o temor
que um dia pensou em se aproximar.

Escrevo o que sinto
O que me toma de súbito
Mas também o que se constrói palavra por palavra
São encaixes promovidos por meus olhos
por meus pés e minhas mãos
Pelo que entendo de linguagem         sensível.
Escrevo amores e mágoas

Escrevo porque sou apaixonada pelo que há de mais profundo.
Se eu gostasse de café, tomaria dos mais fortes.
Gosto do que é intenso, concentrado
Se for pra cortar a carne, faça isso com precisão, vá fundo.
Pra arder, tem de valer a pena.

Escrevo porque preciso também
Porque busco e me atraio pelo que não há em mim
ou pelo que sinto vontade de ser.
Uns dizem hipocrisia, eu não sei.
Talvez uma personagem
tal como tento reproduzir quereres em ações.

Sou contradição.

Às vezes, fracasso.
Mas fracasso também ao não escrever
Não arriscar, não me pregar às palavras, fechar os olhos, deixar a vida passar
Quão insosso!

Quero é dizer, que tentarei dar por passado o tento da insipidez
Que escreverei novamente tudo o que quiser
Realidades e fantasias, tempos de brisa e ventanias
E que meu café voltará a parecer forte
porque dentro de mim, assim ele sempre foi

Quero, pois, anunciar ao que ainda dorme dentro de mim
Levanta, Pinheiro!
És força, essência e existência. Acha-te!
Se doer, grite! Faça das palavras sua arma contra o que for.




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