quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Quero que sumam todos
Que mudos e sem expressão
me dêem as costas.

Quero que saiam
Me abandonem.

Quero o vazio onde minhas lágrimas ecoem
E que o som de seu gotejar
me conforte, me abrace.

Não quero calor. Não mais!

Quero minha consciência menos absurda
e mais modesta
Sem gritos ao se desapegar
do que não pôde ser seu.

Quero que as emoções
sejam varridas para baixo do tapete
E que a dor vá junto.

Eu não me importo
Quero secar
Quero ser esquecida
Sentir-me sumida
E talvez menos doida

De resto, apenas o que eu puder me dar
Não aceitarei o que for oferecido
Nem um café, nem um amor
Eles terminam por fazer mal
(...)
Terminam alheios a outras necessidades
Não são autossuficientes?
Que horror!

Nenhum comentário:

Postar um comentário