Quero que sumam todos
Que mudos e sem expressão
me dêem as costas.
Quero que saiam
Me abandonem.
Quero o vazio onde minhas lágrimas ecoem
E que o som de seu gotejar
me conforte, me abrace.
Não quero calor. Não mais!
Quero minha consciência menos absurda
e mais modesta
Sem gritos ao se desapegar
do que não pôde ser seu.
Quero que as emoções
sejam varridas para baixo do tapete
E que a dor vá junto.
Eu não me importo
Quero secar
Quero ser esquecida
Sentir-me sumida
E talvez menos doida
De resto, apenas o que eu puder me dar
Não aceitarei o que for oferecido
Nem um café, nem um amor
Eles terminam por fazer mal
(...)
Terminam alheios a outras necessidades
Não são autossuficientes?
Que horror!
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