sábado, 17 de janeiro de 2015

Uma besta
Atordoada
Desprovida e destinada
À sua insanidade.
Varia como a lua
Agressiva
Vira bicho
Enlouquece
E dá três gritos
Vira a cabeça para baixo.

Ela morre a cada noite
Falta gozo e sobra choro
Sobra nó na cabeça
E na goela arranhada.
O peito já enfartou
Com tanta dor e tanto nó
E o bicho se vê só
Rodeado de civilização.

Fugir parece fácil
Correr e se esconder
Morrer a cada dificuldade
Doer, se contorcer.
Na loucura de cada gesto
Cada reflexo
Mais gritos surgem
E a besta se despedaça
Até que o próximo dia urge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário