Eu ando pela casa,
escorrego as mãos pesadas pelo rosto,
desligo a TV.
Estou tentando
Estou tentando
Encho o copo com uma dose,
ando mais um pouco
O copo está vazio
Eu estou vazia
Não. Eu estou cheia, mas queria estar vazia
Eu não quero lembrar, mas eu lembro
Eu lembro porque eu quero lembrar,
porque é bom
Mas, se é bom, por que dói?
Estou sentada
As mãos apoiam meu rosto
A maquiagem mancha minhas lágrimas
Acendo um cigarro, agarro meus joelhos
O silêncio me convence de que não há resposta.
O telefone? Não.
A campainha? Não.
Não adianta
Não há nada por aqui, além de mim.
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